Há décadas nossa cidade vem sofrendo um verdadeiro atentado ao seu acervo histórico. O abandono dos edifícios, monumentos e obras públicas é nítido e tudo isso gera problemas estruturais, de segurança pública e desvalorização de áreas inteiras, como o centro da cidade - além da desconexão da população, afinal como as pessoas dariam importância a algo que está abandonado, pichado, caindo aos pedaços, proliferando ratos, baratas e que só gera despesa para o Estado?
Registros do Palácio Inácio Barbosa, antiga sede do Governo Municipal.
Acontece que todos esses edifícios e monumentos históricos são patrimônios materiais irreparáveis e responsáveis também por contar um pouco da nossa história. Através deles podemos não só compreender aspectos da arquitetura da época, mas da cultura e comportamento, de como as pessoas moravam, trabalhavam, que materiais e instrumentos usavam, personalidades e suas conquistas e perceber uma conexão importante entre passado e presente.
Sem políticas que encarem a conservação do nosso Patrimônio como um investimento, continuaremos deixando de:
arrecadar milhões de reais com o turismo,
estimular novos empregos a partir da riqueza histórica regional,
promover atividades culturais com música e culinária local - considerados patrimônios imateriais,
desenvolver áreas da educação como história, ciência, artes e geografia,
valorizar o Centro Histórico
transmitir às gerações futuras o espírito de patriotismo, luta e cidadania tão marcantes da nossa cidade.
É nosso dever exigir dos governantes recursos e parcerias para recuperar o Patrimônio Público. Precisamos enxergar essa "despesa necessária" como algo essencial das atividades básicas de uma Prefeitura.
A Aracaju que precisamos construir hoje é aquela que respeita sua memória, reconhece seu passado e projeta um futuro melhor!
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